Pontes de embarque projetadas como infraestrutura integrada aprimoram as operações aeroportuárias, a eficiência do espaço e a sustentabilidade.
No design e na operação dos aeroportos modernos, as pontes de embarque ocupam uma posição singular. Mais do que equipamentos padrão, elas apresentam desafios e oportunidades complexas para o planejamento de infraestrutura, a configuração espacial e a estratégia operacional de longo prazo.
Na última década, a evolução dos modelos de negócio das companhias aéreas, o endurecimento das regulamentações e o aumento das prioridades ambientais transformaram o papel e o design das pontes de embarque.
Quatro fundamentos de design
Como consultores de engenharia, a Deerns ajuda aeroportos a se adaptar a essas mudanças por meio de sua expertise multidisciplinar ao criar infraestruturas adaptáveis e preparadas para o futuro, que reúnem:
- Simulação
- Planejamento de layout
- Sustentabilidade
- Serviços de assessoria em licitações
" As pontes de embarque são tanto conectores físicos, que ligam o terminal às aeronaves, quanto pontos operacionais centrais, nos quais convergem o fluxo de passageiros, o manuseio em solo e as considerações de segurança.
Complexidade do Sistema na Interface do Pátio
As pontes de embarque estão localizadas em uma das áreas mais complexas e reguladas de um aeroporto: a posição da aeronave. Nesse espaço, diversas atividades ocorrem simultaneamente, muitas vezes sob restrições espaciais rigorosas — abastecimento, catering, manuseio de bagagens, limpeza e manutenção técnica. A ponte deve se integrar perfeitamente a esse ambiente, mantendo confiabilidade operacional, conforto e segurança para os passageiros.
Três dos desafios-chave de infraestrutura incluem:
- Configuração das posições e diversidade de aeronaves: as áreas de estacionamento devem acomodar uma ampla gama de tipos de aeronaves, exigindo flexibilidade no posicionamento, comprimento e arco de movimento das pontes;
- Integração de sistemas auxiliares: a instalação de equipamentos como PCA (ar pré-condicionado), ar condicionado e unidades de energia elétrica adiciona camadas técnicas ao que antes era uma estrutura independente;
- Coordenação de movimentos: a natureza dinâmica das operações no pátio exige modelagem cuidadosa para evitar conflitos entre ativos móveis e infraestrutura fixa.
A Deerns utiliza avançadas ferramentas de simulação para modelar o posicionamento e o movimento dos equipamentos ao redor das posições das aeronaves. Essas ferramentas auxiliam na tomada de decisão sobre layouts ideais, zonas de prevenção de colisões e viabilidade de melhorias em áreas antigas com restrições técnicas acumuladas.
Pontes de embarque no contexto operacional
O uso das pontes de embarque impacta diretamente os tempos de giro das aeronaves, a experiência dos passageiros e a forma como a infraestrutura é utilizada. Em modelos de serviço completo, as pontes contribuem para a percepção de qualidade do serviço e a previsibilidade operacional. Já as companhias aéreas de baixo custo exploram cada vez mais configurações alternativas de embarque — combinando o acesso pela frente via ponte com o embarque por escadas na parte traseira — para reduzir tempos de giro e custos operacionais.
" Essa evolução reflete duas mudanças mais amplas na relação entre aeroportos e companhias aéreas:
· As companhias aéreas buscam eficiência operacional e menor tempo de estacionamento para reduzir custos e maximizar a utilização das aeronaves;
· Os aeroportos buscam aumentar a rotatividade das posições para melhorar a disponibilidade de portões e a capacidade do terminal.
Como resultado, as estratégias de embarque deixaram de ser estáticas. No futuro, é provável que vejamos modelos híbridos, em que as pontes de embarque operem em conjunto com o embarque por escadas, adaptando-se às preferências de cada companhia aérea e aos objetivos de capacidade de cada aeroporto.
Sustentabilidade e inovação em infraestruturas
Embora as pontes de embarque tenham passado por poucas mudanças técnicas nos últimos anos, seu papel nas estratégias de sustentabilidade dos aeroportos está se tornando cada vez mais relevante. A eletrificação, as metas de redução de energia e a integração de fontes renováveis estão influenciando a forma como as pontes são alimentadas e operadas.
Três soluções emergentes para este tema incluem:
- Integração solar nas pontes, para compensar o consumo de energia do funcionamento da estrutura e de equipamentos associados, como o PCA;
- Sistemas de armazenamento por baterias, que permitem armazenar o excedente de energia solar e utilizá-lo durante picos de demanda;
- Modelagem energética de ciclo de vida, para quantificar a contribuição das pontes ao consumo total de energia do terminal.
Projetos-piloto, especialmente em grandes hubs europeus, vêm testando a viabilidade dessas configurações. Com sua expertise multidisciplinar, a Deerns apoia esses esforços, orientando avaliações de viabilidade e o planejamento de integração.
Aspectos regulatórios e de segurança
A instalação e operação das pontes de embarque estão sujeitas a rigorosos marcos regulatórios, projetados para proteger equipes, passageiros e ativos das aeronaves.
Alterações na infraestrutura do lado aéreo geralmente exigem coordenação com autoridades nacionais de aviação civil e conformidade com normas europeias de segurança. Garantir o cumprimento regulatório, especialmente em projetos de retrofit ou de mudança operacional, exige estreita colaboração entre equipes de engenharia, operadores aeroportuários e reguladores.
Para manter sua atuação como consultores eficazes, os engenheiros da Deerns atualizam continuamente seus conhecimentos sobre normas e regulamentos em evolução. Iniciativas como treinamentos de segurança específicos e a participação em programas regulatórios aeronáuticos sustentam essa atualização. Neste ano, engenheiros da Deerns estão participando de programas de segurança da aviação civil para fortalecer nossas capacidades de conformidade e consultoria em design.
Aquisições e dinâmica de mercado
O mercado de pontes de embarque é altamente concentrado, com apenas um pequeno número de fabricantes globais. Essa concentração pode restringir a competitividade nas aquisições e limitar a diversidade tecnológica.
Nesse contexto, o papel do consultor de engenharia torna-se ainda mais relevante. Serviços de consultoria independentes podem:
- Apoiar aeroportos na elaboração de editais baseados em desempenho;
- Avaliar propostas com base em critérios funcionais, técnicos e de ciclo de vida;
- Comparar o desempenho de fornecedores com base em implantações anteriores;
- Oferecer comparativos tecnológicos de forma transparente.
Esses serviços contribuem para decisões de compra mais embasadas e ajudam a evitar dependência tecnológica ou obsolescência precoce.
Conectando o presente ao futuro
A Deerns aborda cada projeto de ponte de embarque como um desafio sistêmico, não apenas de engenharia. Ao combinar conhecimento multidisciplinar com visão operacional, ajudamos aeroportos a transformar restrições em vantagens competitivas — otimizando fluxos, reduzindo custos, aumentando a segurança e avançando rumo a operações mais sustentáveis.











