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Bravis Hospital: construindo um amanhã inteligente

Por toda a Europa, uma transformação silenciosa está em curso no design hospitalar, uma mudança que vai redefinir como os edifícios apoiam o cuidado, as equipes e a sustentabilidade.

À medida que aumentam as demandas sobre os sistemas de saúde e se intensificam os desafios com escassez de pessoal, os hospitais precisam operar de forma mais inteligente, e não apenas com mais esforço. Essa necessidade tem colocado em destaque as tecnologias inteligentes, sistemas que integram dados, automação e infraestrutura inteligente para aprimorar a prestação de cuidados, a eficiência operacional e a sustentabilidade.

Na Deerns, nossa abordagem ao design de edifícios inteligentes busca conectar a visão estratégica com a execução técnica. Nosso trabalho com o Bravis Hospital, um cliente visionário nos Países Baixos, exemplifica os desafios e as possibilidades dessa transformação.

Da visão à infraestrutura

Quando o Bravis Hospital começou a projetar a sua nova unidade de 75.000 m² em Bulkenaar, o papel das tecnologias inteligentes ainda não estava completamente definido. Transformar ideias ambiciosas em realidade exigiu colaboração, coordenação e uma base sólida de engenharia. Foi nesse ponto que a Deerns entrou no projeto para traduzir a visão em sistemas prediais viáveis e preparados para o futuro.

Nosso foco esteve em implementar uma infraestrutura central que permitisse ao Bravis evoluir seus sistemas inteligentes ao longo do tempo. O objetivo era garantir a presença dos sensores corretos, da conectividade adequada e dos fluxos de dados essenciais, de forma que, quando o hospital estiver pronto para expandir suas capacidades digitais, o edifício já esteja preparado.

Projetando o essencial

A equipe da Deerns considerou uma série de recursos habilitadores de inteligência para o projeto do Bravis Hospital, como:

  • Sensores de ocupação: instalados por toda a unidade para monitorar o uso dos espaços, otimizar escalas de limpeza e permitir reservas de ambientes de forma dinâmica;
  • Monitoramento ambiental: sensores que captam dados sobre condições climáticas e níveis de ruído, contribuindo para o conforto dos pacientes e fornecendo insights operacionais;
  • Sistemas de gestão predial e de energia (BMS e EMS): infraestrutura e softwares inteligentes que permitem automação futura, uso sustentável de energia e monitoramento contínuo da operação do edifício;
  • Rastreamento de ativos: estrutura com potencial para localizar equipamentos críticos como cadeiras de rodas, reduzindo o tempo gasto na busca por esses itens;
  • Tablets nos quartos (infraestrutura preparada): sistemas que permitirão aos pacientes controlarem iluminação, temperatura e chamadas, promovendo autonomia e aliviando a carga da equipe.

Esses sistemas não foram simplesmente instalados, mas sim incorporados ao projeto do edifício desde o início, para garantir compatibilidade máxima e flexibilidade para o futuro.

Colaboração, não apenas integração

Uma das estratégias centrais da Deerns é a realização de workshops sobre edifícios inteligentes com stakeholders das áreas de TI, facilities, operações e design. Essas sessões são essenciais para alinhar expectativas, identificar necessidades ocultas e romper silos organizacionais.

Esse modelo colaborativo ajuda os departamentos a compreenderem melhor as visões e limitações uns dos outros. Apenas com esse trabalho conjunto os sistemas inteligentes geram valor real, afinal, a tecnologia mais avançada é inútil se não for compreendida, adotada e integrada aos fluxos de trabalho.

Lições aprendidas

Todo projeto ensina algo novo. No Bravis, algumas lições se destacaram foram:

  • Comece inteligente desde o início: integrar sistemas inteligentes na fase de projeto assegura melhores conexões, maior impacto e evita reformas dispendiosas no futuro;
  • Priorize a prontidão de dados: não se trata de ter o software mais avançado agora, mas de garantir uma infraestrutura de dados adequada que permita a evolução tecnológica contínua;
  • Gerencie a complexidade dos stakeholders: hospitais envolvem diversos atores com interesses distintos. Workshops e comunicação clara são essenciais para decisões inteligentes em conjunto;
  • Ser inteligente é apenas o começo: o Bravis agora conta com uma base sólida para desenvolver aplicativos, protocolos e serviços, algo que exigirá tempo e cooperação entre parceiros para levar o atendimento a um novo patamar.

Benefícios em evidência

A implementação de soluções inteligentes completas em unidades de saúde oferece vantagens claras e mensuráveis, entre elas:

  • Maior autonomia para os pacientes com interfaces de autoatendimento;
  • Redução da carga de trabalho da equipe com automação e visibilidade de ativos;
  • Monitoramento aprimorado de pacientes por meio de sensores e sistemas integrados;
  • Manutenção mais eficiente com diagnósticos em tempo real;
  • Uso de energia otimizado por meio de sistemas inteligentes e fontes renováveis;
  • Resposta operacional ajustada ao uso real das instalações.

A Deerns continua atuando em toda a Europa em temáticas como a sobrecarga nas redes de energia, em conformidade com a regulamentação da Diretiva de Desempenho Energético de Edifícios (EPBD) e com a integração inteligente em projetos de saúde e outros setores

O projeto Bravis é um exemplo de como incorporamos o potencial do futuro na arquitetura do presente. Mas nossa visão vai além e enxergamos os edifícios como ecossistemas inteligentes capazes de aprender, se adaptar e contribuir para um mundo mais eficiente e saudável. Seja na saúde, Life Sciences ou imóveis corporativos, projetamos espaços com pensamento de futuro. A cada projeto, não construímos apenas edifícios mais inteligentes, construímos futuros mais inteligentes.

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Carla Imperador

SPECIALIST, COMMERCIAL

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